E SE FOSSE VERDADE

O ciclo de promessa se
renova a cada 2 anos e são muitas, para não dizerem milhares, que vão desde o
calçamento de uma rua à construção de pontes, que nunca sairão do papel, mesmo
assim, toda eleição, com trajes novos, as promessas vão sendo jogadas ao vento,
na mais deslavada falta de compromisso com o povo; o que vale na verdade é ganhar.
Em Sena Madureira,
desde minha infância que todo candidato ao governo do Estado constroe uma
ponte no rio Iaco, mas o que saiu mesmo até hoje foi uma maquete. São tantas
pontes feitas que a parte do rio que cruza a cidade deveria está quase toda
canalizada, as vezes até brinco que deveriam começar a reformar tais pontes,
porque senão vão começar a cair. Até hoje nem uma pinguela foi feita, mas
certamente será objeto de novas promessas.
De toda sorte, as
promessas vão sendo feitas a ermo e já fazem parte do folclore popular e, como
não há nenhuma cassação de mandato no seu não cumprimento, papel e tinta não
faltam para, cada vez mais, inserirem novas promessas.
Não é de meu
conhecimento que alguns desses políticos inescrupulosos tenham respondido a
algum processo pelo descumprimento de suas promessas, mas que poderiam ser
plenamente encaixados no art. 171 do Código Penal, pois de fato agem em
detrimento do engano.
A reflexão que devemos
ter é: “E se fosse verdade que todas as
promessas fossem cumpridas”. Já imaginaram se desde as mais comezinhas às
mais mirabolantes das promessas de fato tivessem sido cumpridas na íntegra?
Bom, se isso fosse verdade poderíamos hoje estarmos desfrutando de uma
sociedade bastante diferente, com milhares de empregos gerados, sem filas nos
postos de saúde e hospitais, a violência não reduziriam somente nos números
governamentais, mas nas mortes ocorridas, a miséria estaria tão somente nos
relatos dos livros de história do Brasil e a honestidade com os recursos
públicos, com as coisas públicas, seria uma regra, com raras exceções.
O Brasil, talvez, nunca
experimentou honestidade nas coisas do Estado, pois sempre tem alguém levando
ou querendo levar proveito e isso é desde Cabral, que trouxe em sua gênese o
tirar proveito e vantagem em cima dos menos favorecidos ou esclarecidos, pois
trocava-se espelhos por ouro, ferramentas por diamantes e demais minérios, o
que não é diferente de hoje, o que muda é apenas o objeto de troca, pois dão
promessas ou dinheiro por votos.
Enquanto não houver uma
interferência do povo quanto a tais políticos, extirpando-os definitivamente da
vida política, teremos criança sendo executada dentro de escola, estradas
construídas com bilhões de reais e que se desmancham nas primeiras chuvas,
ex-governadores se aposentando com menos de 4 anos de mandato e remuneração
integral. As desculpas para o não cumprimento ou o cumprimento mal feito são
das mais variáveis.
A desonestidade de
muitos políticos é uma arte trabalhada às custas de toda a sociedade e
aprimorada a cada eleição, onde se reinventam com novas promessas e alegam
inúmeros fatores para o não cumprimento das anteriores, fazendo do povo uma
marionete, jogadas pra lá e pra cá, ao seu bel-prazer
O Brasil do futuro está
a cada mandato fadado ao fracasso por conta de governantes e legisladores
irresponsáveis, que visam o bem-estar próprio e o crescimento patrimonial, sem
se importar com o povo, com o futuro dos próprios filhos, com uma sociedade
mais justa e de oportunidade.
Mudar é preciso sob
pena de comprometermos ainda mais o futuro de todos. Agora está na hora do
eleitor fazer a ação reversa e passar a não votar em políticos inescrupulosos.
A máxima “e se fosse verdade” não deverá ser uma aposta, mas uma certeza de
realização. O eleitor deve fazer igual os políticos e prometer. Prometer que
vai votar e não votar naqueles que usam do engano para sobreviver
politicamente. Os políticos deturpadores devem provar do próprio veneno. Aquela
cuja peçonha apresenta maior veneno em seu próprio corpo, finda por envenenar-se.
"deveriam começar a reformar tais pontes, porque senão vão começar a cair." Kkkkkk deveriam sair do mundo das ideias e entrarem pro mundo dos fatos.
ResponderExcluir