REFLEXOS E REFLEXÕES DA POLÍTICA
A máxima é de que os políticos são reflexos da sociedade, ou seja, lá
estão por que de todo modo o “povo também é assim na sua essência”, vendem-se
por migalhas ou promessas difíceis de cumprir e compram-se por poder, parece
soar como verdadeira, até o despertar da sociedade, frente aos desmandos que
assolaram o país nessas últimas décadas. Estamos naquela se o ovo veio da
galinha ou a galinha do ovo, analogicamente o político é assim porque o povo o
corrompe ou o povo é assim porque o político corrompe?
O que temos na verdade são duas forças que vez por outra se encontram.
Em alguns países elas se somam, agregam valor, criam oportunidades. Há uma
confiança entre o político e o eleitor, mesmo assim são plenamente
fiscalizados. No Brasil as forças divergem-se, repelindo ou anulando e fica o
povo com o voto e o político com o poder, sem um interferir na vida do outro,
até que novamente chegue o momento das forças se encontrarem nas urnas.
Parece cômico, mas beira o ridículo, quando políticos usam de suas
forças para oprimir o povo e suprimir suas condições de vida, quando esgotam os
recursos do poder público em detrimento dos roubos escandalosos, que
ultrapassam aos bilhões de reais, enquanto o povo, a força que era pra ser a
dominante, se sujeita a uma cidade de precária infraestrutura, saúde
cambaleante, segurança fragilizada.
Me causa certa preocupação quando vejo Secretários ou nomeados a cargos
estratégicos que trabalha visando se viabilizarem para ocupar cargos políticos,
desde Prefeito à Deputado, Senador ou Governador, usando da estrutura de Estado
para isso. Daí fico a pensar no José Beltrame, Secretário por quase 10 anos na
Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, tendo nesse período reduzido à
criminalidade e que poderia ter se aproveitado do boom vivido para se
candidatado a cargo importante na política Fluminense, mas preferiu o trabalho
técnico, que é o esperado de qualquer Secretário e saiu sem ceder à tentação de
muitos.
Não me vejo como reflexo da maioria dos políticos e acredito que muitos
dos eleitores, também não, o que vemos, na verdade, é o oposto de tudo aquilo
que somos.
Com isso, como reflexão dos atuais dias, em consequência do que vem se
desenrolando na política, ficamos a observar do que os políticos são capazes,
quando lutam para se criar um fundo partidário de 3,5 bilhões de reais, podendo
chegar a 6 bilhões, para tocar a campanha de 2018 e como se isso não fosse o
limite, querem criar regras para eles, justamente eles, se mantenham no poder.
Basta!!!
O povo nunca foi reflexo dos políticos e a reflexão que podemos ter é de
que não é hora de deixar de votar ou votar em branco, porque criamos repulsa e
vergonha do que está ai posto. Pelo contrário, devemos ir sim as urnas,
escolher os representantes, que acreditamos e confiamos para, assim,
extirparmos do poder políticos que fazem do poder a força dominante de um povo
sofrido e de mãos calejadas.
O suor do povo deve chegar aos seus bolsos, não no bolso dos políticos,
basta do ostracismo social, em detrimento da pujante vida dos políticos. Reflita
da importância que tem seu voto e não seja reflexo de muitos dos políticos que
querem sobrepor ao poder do povo.
Vale destacar que quem corrompe é quem tem o dinheiro ou o poder.
Um
provérbio Africano nos faz refletir da importância que somos, mesmo quando nos
achamos sozinhos, sem forças. Diz assim: “se você pensa que é muito pequeno
para fazer a diferença, é porque nunca passou a noite com um mosquito”. Avante,
sem medo!!

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