ME AJUDA QUE EU TE AJUDO
Quando o político quer de
fato ajudar ele não vai procurar o eleitor na calada da noite, pela madrugada
ou em seu deslocamento para o local de votação, nas barrancas dos rios, nas
periferias ou em lugares onde nunca andou, para dar dinheiro, emprego
provisório ou fazendo promessas. Pelo contrário, quando o político quer ajudar
ele vai procurar de dia, às claras, assim como a todos da sociedade, através
das oportunidades que seu mandato proporcionará, pelas ações desenvolvidas.
Vejo que eleição após
eleição as supremacias financeiras vão vencendo cada vez mais e com maior
intensidade àqueles que fariam do mandato um ato de contribuir com a sociedade.
Quando em campanha vi de
tudo e ao mesmo tempo vi que realmente algo precisa ser feito e com urgência,
para que as práticas escandalosas de muitos políticos sejam cortadas pela raiz
e que a concepção de muitos eleitores de que só votam por favores ou retribuição
imediatista sejam arrancados dessa perniciosa cultura do toma lá, dá cá.
É cômico ver políticos falando
de democracia quando é o primeiro a deturpá-la pela estrutura financeira.
O “me ajuda que eu te ajudo” é um ato em que o eleitor pensa que está
tirando vantagem do político, quando é o contrário. Receber 200 reais para
votar em determinado político achando que tirou proveito e até, muitas vezes,
nem votando nele, nada mais é que está engando a si mesmo. No final das contas,
a maioria continuará lutando por um bolsa-família, um curso superior, um
emprego e ainda achando que a culpa das mazelas é dos políticos.
Enquanto o povo não acordar
para sua responsabilidade nas questões futuras de si, seus familiares e de toda
a sociedade, através do voto consciente, continuará a depender, a cada ciclo de
2 anos, de uma ajuda às escondidas de políticos, para que tenha um problema
resolvido de modo pontual e insignificante.

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