EFEITO BORBOLETA



Termo que se refere à dependência sensível às condições iniciais que podem prever o seu possível resultado. A mais popular de sua explicação, apresenta a teoria de que o bater de asas de uma simples borboleta, poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo.
A previsibilidade de que o Estado estaria falido no final do mandato do atual governo era notável e nem é necessário ser matemático para prever tal resultado. Para um estado que quase nada produz e que o grosso dos recursos são provenientes do Governo Federal, usar da máquina para fins políticos e não para fins de políticas públicas, resultaria fatalmente no que estamos presenciando hoje.
Em 20 anos do mesmo grupo político, tendo 13 anos do Governo Federal ao lado, não cabe terceirizar culpados, inculpar fatores externos, atribuir a oposição as mazelas, dentre tantas outras escusas, com o objetivo único de embuçar incompetência. Em tanto tempo de governo, se estávamos no caminho certo, estaríamos em pleno estado de desenvolvimento e bem-estar social.
O efeito borboleta na nomeação de milhares de pessoas em cargos políticos, sem a contrapartida da competência e, principalmente, da necessidade, não provocou um tufão do outro lado do mundo, mas produziu efeitos nefastos com a precariedade da saúde, educação e segurança, sem contar a limitação que o Estado ficou para produzir bem-estar à sociedade, em detrimento dos apadrinhados, pela prioridade as avessa dos recursos públicos.
Do mesmo jeito, o efeito borboleta atinge em cheio as prefeituras, onde muitos prefeitos, para se perpetuarem no poder usam da máquina pública para agraciar políticos e terem apoio, alegando a tal “governabilidade”.
Dentre as tantas inversões de prioridades, temos a desculpa para não chamar os 250 aprovados no concurso de Soldado PM por falta de recurso, o que não se sustenta com as mais de 350 exonerações de apadrinhados em cargos em comissão nos últimos dias; cada governo define sua prioridade e o efeito borboleta produzido por suas escolhas é sentido nas ruas e nas mais de 500 mortes violentas em 2017.

Passados 45 anos da primeira análise desta teoria, pelo seu criador Edward Lorenz, o atual governo teve provado nas urnas o lado cruel, mas realístico, do efeito borboleta, um recado para quem deseja fazer da política uma carreira de realização de vontades particulares e não da sociedade por ele governado.

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